A mais recente pesquisa Datafolha aponta que os petistas representam 35% da população, o mesmo percentual daqueles que se identificam como bolsonaristas. O levantamento mostra um cenário político polarizado no país, revelando equilíbrio entre os dois principais grupos ideológicos.
Apoio aos petistas registra queda, segundo datafolha
O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (18), foi realizado entre os dias 10 e 11 de junho, entrevistando 2.004 pessoas em 136 municípios de todas as regiões do Brasil. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e 95% de nível de confiança.
De acordo com os dados, o número de petistas caiu de 39% em abril para 35% na pesquisa atual. Esse recuo ocorre justamente no momento em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma redução nos índices de aprovação.
Enquanto isso, os bolsonaristas, que representavam 31% no levantamento anterior, agora somam 35%, igualando-se numericamente aos apoiadores do PT pela primeira vez desde dezembro de 2022, quando o instituto iniciou esta série histórica.
Metodologia da pesquisa revela divisão entre petistas e bolsonaristas
O Datafolha utilizou uma escala de 1 a 5 para identificar a inclinação política dos entrevistados. Aqueles que escolheram os números 1 ou 2 foram classificados como bolsonaristas, enquanto os que optaram por 4 ou 5 foram categorizados como petistas. Já os que marcaram o número 3 foram considerados como neutros.
O cenário completo da pesquisa ficou assim:
– Bolsonaristas: 35% (eram 31% em abril);
– Petistas: 35% (eram 39%);
– Neutros: 20% (estável, igual a abril);
– Nenhum: 7% (ligeira queda em relação aos 8% anteriores);
– Não sabem: 2% (um ponto a mais que na pesquisa anterior, que era 1%).
A queda no percentual de petistas coincide com um aumento na percepção negativa do atual governo. Segundo a mesma pesquisa, 40% dos brasileiros avaliam o governo Lula como “ruim” ou “péssimo”. Por outro lado, apenas 28% consideram a gestão “boa” ou “ótima”, enquanto os demais classificam como “regular” ou não souberam responder.
Esse dado sugere que parte dos eleitores que antes se identificavam como petistas pode estar migrando para uma postura mais crítica ou até mesmo se aproximando do campo bolsonarista.