Um vídeo publicado por um seguidor nas redes sociais do Boraver Canarana gerou uma grande repercussão entre os internautas. No vídeo, ele compartilha sua opinião sobre os cachorros soltos pelas ruas da cidade. Como era de se esperar, houve quem concordasse e quem discordasse — e tudo bem, afinal, todos têm (ou deveriam ter) liberdade de expressão.
Mas por que dizemos “deveriam”? Porque, infelizmente, o que se viu após a publicação foi um cenário preocupante: o autor do vídeo passou a receber ataques e até ameaças por expressar sua opinião. Isso nos faz refletir. Quando o debate deixa de ser saudável e respeitoso, a sociedade inteira perde.
O fato é que o problema dos cães de rua em Canarana existe, é real e muita gente reconhece: os animais soltos têm causado estresse, transtornos e até acidentes. No entanto, é importante reforçar: a culpa não é dos animais, e sim de quem os abandona.
No vídeo, o seguidor questiona, com razão, a ausência de ações mais concretas do poder público. Esse é um ponto que precisa, sim, ser debatido. Talvez a prefeitura não seja a principal responsável por esse cenário — afinal, o abandono começa nas casas das pessoas. Porém, isso não isenta o poder público de se posicionar e buscar soluções. Ficar apenas transferindo responsabilidades não resolve nada.
E que soluções poderiam ser adotadas?
Um ótimo exemplo vem de Cuiabá, onde está sendo implantado um centro de acolhimento para animais de rua. A iniciativa é fruto da união entre o governo municipal, instituições privadas e a própria população. O local oferece cuidados, alimentação, abrigo e proteção aos animais abandonados. Ou seja, soluções inteligentes e eficazes estão sendo colocadas em prática — e Canarana pode muito bem se inspirar nisso.
A lógica é simples: primeiro o poder público age, resolve o problema imediato e, depois, cria mecanismos para diminuir o abandono. Isso pode ser feito com leis mais rígidas, campanhas de conscientização e, se necessário, até aplicação de multas para os irresponsáveis que não cuidam adequadamente de seus animais de estimação.
Resumindo: o debate precisa acontecer. Com respeito, com empatia e, principalmente, com foco em soluções. A “cachorrada” de Canarana não se resolve com ataques nem com omissão — mas sim com união de esforços, boa vontade e responsabilidade de todos os lados.
*Obs. As opiniões contidas nos dois conteúdos são de total responsabilidade de seus idealizadores. Nos colocamos à disposição caso seja necessário levar a discussão adiante e, quem sabe, encontrar uma solução. O canal permanece aberto para que outras pessoas, que tenham opiniões contrárias, também possam se manifestar e entrar no debate. Este é um espaço democrático, onde todos têm voz e vez.
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