Mato Grosso é mais do que um estado brasileiro: é uma potência econômica, agrícola e ambiental. Com território superior ao da Alemanha e uma produção que alimenta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, Mato Grosso já provou que pode ser autossuficiente. Mas a realidade é dura — apesar de tudo o que produz e exporta, o estado é negligenciado pelo Governo Federal. É hora de dizer com convicção: Mato Grosso é o meu país.
A Força da Produção Matogrossense
Mato Grosso é o maior produtor de grãos do Brasil. Dados recentes da CONAB indicam que o estado é responsável por mais de 30% da produção nacional de soja, sendo também líder na produção de milho e algodão. Em 2024, o estado colheu mais de 45 milhões de toneladas de soja, movimentando uma cadeia bilionária que gera emprego, renda e exportações.
Além disso, Mato Grosso lidera o rebanho bovino nacional com mais de 34 milhões de cabeças de gado, o que representa cerca de 14% do rebanho do país. É também um polo crescente na produção de carne, leite e etanol de milho — tecnologia de ponta que só fortalece o potencial de autossuficiência energética.
Exportações de Classe Mundial
Segundo dados da SEDEC/MT e do Ministério da Economia, o estado exportou em 2023 mais de US$ 27 bilhões em produtos, tendo como principais destinos a China, a União Europeia e o Oriente Médio. Os principais produtos exportados foram:
Soja em grãos: US$ 14,5 bilhões
Milho: US$ 5,3 bilhões
Carnes (bovina e de frango): US$ 4 bilhões
Algodão: US$ 1,8 bilhão
Essa performance coloca Mato Grosso entre os três maiores exportadores do Brasil, mesmo sem acesso direto ao mar, contando com logística precária e infraestrutura insuficiente.
O Peso da Carga Tributária e o Retorno Injusto
Apesar de sua pujança, Mato Grosso é um dos estados que mais paga impostos ao Governo Federal e um dos que menos recebe em retorno. Segundo dados da Receita Federal, o estado arrecadou em 2023 cerca de R$ 57 bilhões em tributos federais, mas recebeu de volta apenas cerca de R$ 16 bilhões em transferências e investimentos.
Isso significa que apenas 28% dos recursos arrecadados retornam ao estado. A diferença — mais de R$ 40 bilhões — vai para os cofres da União e, muitas vezes, é investida em regiões mais populosas, que não geram nem metade do que Mato Grosso contribui.
Esse desequilíbrio fiscal reforça a sensação de abandono. Rodovias federais em más condições, falta de investimentos em ferrovias, ausência de incentivos para pesquisa agrícola e cortes em programas ambientais são a prova concreta de que o Mato Grosso sustenta o Brasil — mas o Brasil não sustenta o Mato Grosso.
Autossuficiência é Realidade, Não Utopia
Com produção agrícola, energética, pecuária e mineral, Mato Grosso tem todos os elementos para ser uma unidade autônoma. Se tivesse soberania sobre sua arrecadação, o estado teria superávit fiscal, investimento em infraestrutura de qualidade, educação técnica de ponta, indústrias locais fortalecidas e políticas ambientais equilibradas.
O povo matogrossense é trabalhador, inovador e resiliente. A distância geográfica do eixo Brasília–Sudeste não nos isola: nos fortalece. Porque aqui, a terra é rica, a produção é recorde, e a vontade de prosperar é maior que qualquer burocracia federal.
Conclusão: Uma Identidade, Um Grito
Dizer Mato Grosso é o meu país não é separatismo — é um grito de identidade, de autonomia e de justiça fiscal. É exigir o que é justo para quem sustenta a balança comercial brasileira e ainda assim é tratado como coadjuvante.
Enquanto a riqueza do Cerrado e do Pantanal alimentar o mundo, o mínimo que se espera é respeito, retorno e independência para decidir o próprio futuro.
🟩 1. Vale do Araguaia
(Compreende municípios como Água Boa, Canarana, Querência, Ribeirão Cascalheira, São Félix do Araguaia, entre outros)
🌾 Vocação Econômica:
Agronegócio de Alta Performance:
Produção intensa de soja, milho, algodão e pecuária de corte.
Regiões como Querência e Canarana são destaques nacionais em produtividade.
Pecuária de Precisão:
O Vale é referência na criação de gado nelore, com sistemas de confinamento e semi-confinamento cada vez mais modernos.
📈 Importância para o novo país:
Alimentação e exportação:
Garantiria uma base sólida de produção de grãos e carnes para consumo interno e para exportação.
Autonomia alimentar:
O Vale poderia ser chamado de “celeiro do novo país”, garantindo segurança alimentar.
Base de arrecadação tributária:
É uma região que movimenta bilhões anualmente, e seria um dos maiores arrecadadores de impostos agropecuários.
🟦 2. Portal do Xingu
(Municípios como Paranatinga, Gaúcha do Norte, Nova Ubiratã, Marcelândia, Feliz Natal, entre outros)
🌿 Vocação Econômica:
Expansão agrícola sobre áreas da Amazônia Legal (em parte regularizada).
Alta produção de grãos, principalmente soja, milho e feijão.
Exploração madeireira e extrativismo sustentável, com destaque para áreas indígenas e reservas florestais.
Energia e mineração (potencial ainda pouco explorado).
📈 Importância para o novo país:
Frente de expansão agroindustrial:
É uma região em plena ascensão, com terras férteis e ainda com grande margem para crescimento.
Ponte entre conservação e produção:
O Portal do Xingu exige equilíbrio entre preservação ambiental e produção agrícola, algo vital para garantir sustentabilidade internacional e manter acordos comerciais.
Integração com a Amazônia Legal:
Seria um dos polos estratégicos para a política ambiental do novo país, necessária para evitar embargos internacionais.
📌 Conclusão:
Se Mato Grosso virar um país, o Vale do Araguaia seria seu epicentro agropecuário consolidado, enquanto o Portal do Xingu representaria a fronteira estratégica de expansão econômica e ambiental. Ambos seriam colunas essenciais para o desenvolvimento, arrecadação, abastecimento interno e reputação externa do novo país.
[10:00, 17/07/2025] Miguel Schwaab Comentarista: A região do vale do Araguaia e portal do Xingu tornariam-se uma potência relevante na sustentabilidade do novo país
Por: Miguel Schwaab