Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, recebe reconhecimento internacional por desenvolver tecnologias que aumentam produtividade e reduzem custos no campo.
Reconhecimento internacional por inovação sustentável
A engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria, foi agraciada com o Prêmio Mundial da Alimentação por seu trabalho pioneiro no desenvolvimento de bioinsumos que substituem fertilizantes químicos, promovendo uma agricultura mais sustentável e eficiente no Brasil.
Com mais de 40 anos de dedicação à pesquisa, Hungria é reconhecida por suas contribuições significativas para a agricultura brasileira, especialmente na cultura da soja. Sua atuação foi fundamental para que o Brasil se tornasse o maior produtor e exportador mundial da oleaginosa.
Tecnologias que transformaram o campo
A pesquisadora desenvolveu e implementou tecnologias de fixação biológica do nitrogênio (FBN), utilizando bactérias como Bradyrhizobium e Azospirillum brasilense para fornecer nitrogênio às plantas de forma natural.
Essas soluções permitiram uma economia de cerca de R$ 38 bilhões por safra, ao reduzir a dependência de fertilizantes nitrogenados importados.
Além da soja, Hungria também coordenou pesquisas que resultaram em tecnologias para o feijão, milho, trigo e pastagens, ampliando o impacto de suas inovações em diversas culturas agrícolas.
Impacto ambiental e econômico
As tecnologias desenvolvidas por Hungria não apenas aumentaram a produtividade agrícola, mas também contribuíram para a redução das emissões de gases de efeito estufa, promovendo uma agricultura mais limpa e sustentável.
A adoção de bioinsumos no Brasil também fortalece a independência nacional em relação à importação de fertilizantes químicos, cuja dependência é de aproximadamente 85%.
Trajetória inspiradora
Natural de Itapetininga (SP), Mariangela Hungria formou-se em Engenharia Agronômica pela ESALQ-USP e possui mestrado, doutorado e pós-doutorado em instituições renomadas.
Ao longo de sua carreira, enfrentou desafios como o preconceito de gênero e a resistência ao uso de tecnologias biológicas na agricultura. Mesmo assim, manteve-se firme em sua missão de promover uma agricultura mais sustentável e eficiente.
Reconhecimentos e prêmios
Além do Prêmio Mundial da Alimentação, Hungria já recebeu diversos reconhecimentos, como o Prêmio Mulheres e Ciência, promovido pelo CNPq, e o Prêmio Cláudia, na categoria Ciência.
Sua atuação também foi destacada internacionalmente, sendo classificada entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo, de acordo com estudo da Universidade de Stanford.
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