O número de estupros contra pessoas LGBTQIAPN+, em Mato Grosso, teve um aumento de 800% no ano passado se comparado com 2023, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado na sexta-feira (25). O levantamento também mostra que o número de homicídios contra essas pessoas quase dobrou, no mesmo período. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) criou um grupo especial para combater crimes de homofobia e transfobia. Segundo o tenente-coronel Ricardo Bueno, coordenador da força-tarefa, é preciso deixar de lado o comportamento homofóbico cultural dentro da sociedade.
“É necessário um esforço coletivo para a gente aprender a respeitar as diferenças e não vê a sexualidade ou as identidades como uma questão de inferioridade ou de incapacidade”, disse. O Instituto Jejé de Oyá, ONG que atua em defesa da população LGBTQIAPN+, defende politicas públicas e apoia pessoas em vulnerabilidade. O presidente da ONG, Sávio De Brito Costa, o instituto oferece acompanhamento médico e psicológico para que essas pessoas possam se inserir no mercado de trabalho, ter autonomia e qualidade de vida.
“Esse projeto tem uma visão holística que não é só fazer acolhimento, mas também qualificar as pessoas, dar condição para que elas sejam inseridas no mercado de trabalho, ter a sua autonomia e ter qualidade de vida. Precisamos de políticas públicas que a sociedade e os políticos se envolvam nessas questões. Se não pensar em políticas públicas, vai continuar aumentando essa violência, essa discriminação, esse preconceito”, destacou.
A artista trans, Josy Campos, contou que a arte foi sua salvação contra violência, inclusive dentro da família, onde a maioria das violências que sofreu veio pelo lado do pai, ainda quando criança.
“A gente é violentada sempre desde o psicológico. Se você é muito feminina, muito mulher, você sofre, por exemplo: não senta assim, não se comporta assim, isso não é jeito. Quando você cresce e se descobre uma mulher acaba sendo chamada de homem, então é uma transfobia, isso é estrutural, a gente é ensinado, infelizmente, na sociedade”, ressaltou.
Virginia Mendes é reconhecida por sua atuação em causas sociais e pelo apoio firme ao Programa Fila Zero em todo o estado. Já Max Russi tem se destacado na liderança de iniciativas que garantem recursos para ampliar o acesso a cirurgias eletivas e humanizar o atendimento no sistema público de saúde. Em Barra do Garças, o Programa Fila Zero já possibilitou a realização de milhares de procedimentos, como cirurgias de catarata, pterígio e ortopédicas. Agora, com a inclusão das bariátricas, o município avança ainda mais na oferta de serviços de saúde de qualidade e com maior resolutividade para a população.