O animal estava enrolado no compartimento interno da lavadora. Para fazer o resgate, os bombeiros usaram equipamentos como gancho, pinça e caixa de contenção, sem machucar a cobra ou danificar a máquina.
Depois, o animal foi levado com segurança e solto em uma área de mata longe da cidade. Apesar de não ser venenosa, os bombeiros alertam que esse tipo de animal não deve ser manuseado por pessoas sem o conhecimento adequado.
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Frio afeta o comportamento
Ao g1, o biólogo Henrique Abrahão Charles, especialista em serpentes, explicou que esse comportamento da jiboia é comum e que o animal foi procurar um lugar mais aquecido, por causa das baixas temperaturas nessa época do ano.
“Esses organismos são ectotérmicos, ou seja, a temperatura deles varia muito de acordo com a temperatura do meio ambiente. Elas costumam procurar locais um pouco mais quentinhos e uma máquina de lavar cheia de roupa suja é um ótimo local para descansar. Se tiver roupa molhada, ela não vai querer ficar lá”, explica.
O biólogo também disse que o mesmo acontece com cobras que aparecem dentro de motores de carro, que ficam aquecidos por um tempo e atraem esses animais.
“Ela vai lá e entra embaixo do carro, até mesmo entra no motor, e em outras partes da casa ela faz a mesma coisa, eles vão procurar um local quentinho pra se abrigar”, conclui.
Boa constrictor
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A jiboia (Boa constrictor) é uma serpente solitária, como a grande maioria das cobras do Brasil. Encontrada em várias regiões da América, desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul, é conhecida por seu tamanho médio a grande, podendo chegar a cerca de 2 a 4 metros de comprimento.
A espécie costuma viver em florestas, áreas rurais e até em regiões urbanas próximas à natureza. É geralmente noturna e quando chega o período reprodutivo, a fêmea libera feromônios, deixando um rastro que guia os machos até ela.