Uma mulher de 47 anos, identificada pelas iniciais E.N.C., foi encontrada morta na manhã deste sábado (19) dentro de sua residência, localizada em um bairro residencial de Cuiabá. A causa da morte foi enforcamento por corda, caracterizando um caso de suicídio. O caso foi oficialmente registrado pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Segundo o boletim de ocorrência, familiares relataram que a vítima enfrentava sérios problemas financeiros decorrentes de um vício em jogos de azar. As dívidas acumuladas teriam se tornado insustentáveis, gerando um quadro de angústia profunda e desespero emocional. Ainda de acordo com os depoimentos, a mulher não vinha conseguindo encontrar alternativas para sair da situação e já demonstrava sinais claros de sofrimento psicológico.
Na sexta-feira (18), véspera da tragédia, a vítima foi vista procurando veneno para rato, o que teria alertado parentes sobre o risco iminente. No entanto, o plano não teria sido concretizado naquele momento. A tragédia se confirmou na manhã seguinte, quando a mulher foi encontrada sem vida.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas imediatamente, mas ao chegarem no local apenas puderam constatar o óbito. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também compareceu à residência para realizar os procedimentos periciais. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acompanha o caso, tratando-o como suicídio motivado por causas relacionadas à saúde mental e dificuldades financeiras.
Este caso reforça a gravidade do impacto do vício em jogos de azar na vida de milhares de brasileiros. Apesar de legalizados em algumas plataformas, os jogos de azar, muitas vezes acessados de forma compulsiva, têm levado pessoas ao colapso emocional e ruína econômica. A ausência de um controle rigoroso sobre a exposição a essas plataformas, combinada com a falta de suporte psicológico, torna o cenário ainda mais crítico.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) reforça que oferece apoio emocional gratuito e sigiloso, com voluntários capacitados disponíveis 24 horas por dia. O atendimento pode ser acessado por meio do telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br. A organização destaca que o acolhimento e o diálogo podem ser cruciais para salvar vidas.
A tragédia expõe a urgência de políticas públicas mais eficazes no combate ao vício em jogos e no fortalecimento da rede de atenção psicossocial. Também impõe à sociedade o desafio de romper o silêncio em torno da saúde mental e atuar de forma mais ativa na escuta e acolhimento de quem sofre.
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🎥: Fonte | agenciadanoticia