Um casal morreu neste domingo (3), durante uma caçada na zona rural de (MT), após um disparo acidental de espingarda. De acordo com a Polícia Militar, Odilmo José Marasca, 73 anos, matou a companheira, Aldira Xavier Ramos, de 56 anos, ao manusear a arma e, em seguida, tirou a própria vida.
O neto do casal, um adolescente, também foi ferido por estilhaços e levado à UPA de Primavera do Leste.
Segundo o boletim de ocorrência, após o acidente, o idoso permaneceu na mata e usou a mesma espingarda para tirar a própria vida. A Polícia Civil, que também esteve no local, descartou qualquer hipótese de feminicídio e confirmou se tratar de uma fatalidade.
De acordo com o relato do adolescente à polícia, a caçada teve início por volta das 5h30 no Assentamento Alminhas, com o casal e o neto. Já dentro da mata, por volta das 6h, a espingarda calibre 12 que o idoso carregava no ombro disparou acidentalmente, atingindo a cabeça da mulher, que morreu no local. O adolescente também foi ferido por fragmentos do disparo e foi socorrido pelo pai.
Conforme apurado pela Polícia Civil, o grupo se separou em dois caminhos: o filho do idoso, identificado como Alessandro, foi por uma trilha, enquanto o pai, a companheira e o neto seguiram por outra.
Em um trecho de cascalho, o idoso, que estava na frente com a arma, pode ter escorregado com o dedo no gatilho, provocando o disparo acidental que atingiu a companheira na testa e, por estilhaços, também feriu o neto.
A cena do crime, conforme a Polícia Civil, era compatível com o relato: havia estilhaços nas árvores acima de onde a mulher caiu. Ao ouvir o disparo e os gritos do filho, Alessandro correu até o local e encontrou a mãe já sem vida. Ele então levou o filho ferido até a cidade e comunicou o caso à polícia, com o apoio de um advogado.
Quando retornaram ao local junto com os policiais, encontraram o idoso morto, com a espingarda próxima ao corpo. Segundo a polícia, ele tirou a própria vida.
Os corpos foram encontrados sem sinais vitais. A área foi isolada, e a Perícia Oficial e o Instituto Médico Legal foram acionados. A Polícia Civil acompanhou todos os procedimentos e reforçou que o caso se tratou de uma tragédia familiar, sem indícios de crime premeditado.