O presidente do PL de Mato Grosso, Ananias Filho, determinou a suspensão preventiva da filiação do médico e vereador por Canarana, Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, preso no sábado (31) sob suspeita de manter uma adolescente de 15 anos como “escrava sexual” e abuso de uma criança de 2 anos.
O vereador Dr. Thiago, é enteado do advogado do PL, Gilmar de Moura, e criado desde criancinha como filho do advogado, casado desde então com a mãe do suspeito. O diretório municipal do PL em Canarana também deve abrir processo de expulsão dele da sigla, mas permitindo a ampla de defesa e contraditório.
“Todas as medidas administrativas estão sendo tomadas. A situação é grave e o PL não vai ficar inerte. O direto a ampla defesa será assegurado nas instâncias partidárias. É bom que fique claro que as providências serão tomadas, doa a quem doer”, disse Ananias Filho ao RD News.
Ação Civil Pública
Em Canarana, Dr. Thiago também já foi alvo de uma Ação Civil Pública em 2021, proposta pelo Ministério Público Estadual por descumprimento da carga horária de trabalho, enriquecimento ilícito e danos ao erário.
Na época, a prefeitura encaminhou o ponto do médico e mostrou que ele não teria batido o ponto em diversas datas, de janeiro a maio de 2021. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, o médico bateu ponto em apenas duas datas, evitando qualquer tipo de controle eficaz de horário. Em outras ocasiões, o ponto eletrônico consignou atrasos e saídas antecipadas superiores a uma hora, além do descumprimento da jornada diária de oito horas.
No decorrer da investigação, a Secretaria Municipal de Saúde reiterou que o médico apresenta diversas faltas injustificadas, além da rotina de atrasos. Ao ser intimado a comparecer na sede da Promotoria de Justiça em razão da irregularidade na assiduidade e pontualidade no exercício do cargo público, o servidor Thiago Barbosa se recusou a prestar esclarecimento verbal e fez uso do direito constitucional ao silêncio.
Conforme o promotor na época, em três meses de salário recebido, o servidor somente cumpriu a carga horária de menos de dois meses de trabalho, ocasionando prejuízo de R$ 36.997,96 ao erário.
VIA I RD NEWS