O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, determinou o afastamento imediato do soldado Junio Alves Ferreira, acusado de liderar uma organização criminosa envolvida em grilagem de terras, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de armas, tortura, esbulhos possessórios e homicídios. Junio foi um dos alvos da Operação Asteya, deflagrada em junho de 2024 pela Polícia Civil, que cumpriu ordens de busca, bloqueio de bens e valores contra os investigados.
O soldado, que atuava em Porto Alegre do Norte, já havia sido preso em flagrante em março de 2023 por tentativa de grilagem em Água Boa. Conforme as investigações, ele movimentou cerca de R$ 2 milhões em menos de dois anos, utilizando-se da condição de policial para fortalecer as ações criminosas.
A decisão judicial, proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, atendeu ao pedido do Ministério Público, que alertou sobre o risco da permanência do militar na ativa durante a investigação. O magistrado destacou que o afastamento é necessário para evitar a continuidade dos crimes e proteger a sociedade.
Além do afastamento, foi determinada a suspensão do porte de arma e a devolução do fardamento e apetrechos. O comandante-geral ordenou que o militar seja apresentado ao Setor de Identificação da PMMT no prazo de cinco dias para que sejam tomadas as providências cabíveis.