Sem apoio da esquerda, não assinam CPMI para apurar culpados
Sistema em colapso, rombo recorde e aposentados lesados — entenda o que está por trás da nova bomba no INSS e por que a esquerda travou qualquer tentativa de investigar os responsáveis.
Bolsonarismo tentou controlar os descontos
Durante o governo de Jair Bolsonaro, foi proposto um projeto com o objetivo de controlar e fiscalizar os descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas. A medida visava impedir abusos cometidos por associações, sindicatos e outras entidades que, sem autorização clara, realizavam descontos mensais diretamente no benefício de milhares de segurados.
O projeto visava trazer transparência, consentimento prévio e fiscalização mais rígida, colocando fim à farra de débitos automáticos aplicados sem o conhecimento do aposentado.
PT e Psol derrubaram a proposta em 2021
Em 2021, a oposição liderada por PT e Psol votou contra esse projeto de fiscalização. Com maioria em comissões e articulação no Congresso, derrubaram a proposta, eliminando um dos principais mecanismos criados para proteger os beneficiários do INSS contra descontos indevidos.
Com isso, o sistema voltou a ficar vulnerável. O alerta havia sido dado: sem controle, os abusos retornariam com força.
Explosão de fraudes no governo Lula
Após a saída de Bolsonaro e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os casos de descontos indevidos estouraram em todo o país. Milhares de aposentados começaram a relatar valores misteriosamente descontados de seus benefícios, atribuídos a filiações que nunca autorizaram.
A explosão dos casos coincide com a falta de instrumentos legais de fiscalização — fruto direto da derrubada da proposta feita em 2021.
Esquerda se recusa a investigar
Com a escalada das denúncias, parlamentares pediram a instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar quem se beneficia desses descontos e quais entidades estão por trás das fraudes.
Porém, nenhum deputado ou senador do PT, Psol ou partidos da base de Lula assinou a proposta de criação da comissão. A recusa em investigar gerou forte reação nas redes sociais e entre entidades de defesa do consumidor.
Para muitos, trata-se de blindagem política para evitar desgaste do governo e de entidades ideologicamente próximas da esquerda.
Rombo do INSS vai quadruplicar
Enquanto os aposentados sofrem com descontos indevidos, o governo prevê que o rombo do INSS vai quadruplicar nos próximos 75 anos. A projeção consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, enviada ao Congresso.
O principal fator é o envelhecimento da população. Com menos nascimentos e mais aposentadorias, o sistema atual — que depende da contribuição dos trabalhadores ativos — entra em colapso.
Reforma da Previdência não basta
Mesmo com a reforma feita por Bolsonaro em 2019, com idade mínima e regras mais rígidas, analistas e o próprio TCU já alertaram que será necessária uma nova reestruturação completa, incluindo mudanças na aposentadoria rural, no regime de servidores, militares e até no sistema de contribuições de microempreendedores.
Previdência virou bomba fiscal e social
O presidente do TCU, Vital do Rêgo, foi direto: “A Previdência é uma bomba que não vai parar de explodir.”
Ele também apontou outro problema grave: a judicialização das aposentadorias especiais e do Auxílio-Acidente, que já somam mais de R$ 27 bilhões em precatórios por ano.
Enquanto isso, o controle sobre os descontos indevidos foi abandonado — e os mais prejudicados seguem sendo os aposentados e pensionistas.
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